
Os táxis aéreos estão prestes a transformar a mobilidade no Japão! Com a previsão de lançamento em 2027, essa inovação promete mudar a forma como nos deslocamos nas cidades. Vamos explorar como isso impactará o mercado de seguros e a vida dos cidadãos!
Japão na vanguarda da mobilidade aérea urbana
Prepare-se para uma mudança radical no jeito de se locomover! O Japão está na linha de frente dessa revolução, com a All Nippon Airways (ANA), uma das gigantes da aviação japonesa, anunciando uma parceria de peso com a Joby Aviation, uma startup lá dos Estados Unidos. A ideia é simples e audaciosa: começar a operar táxis aéreos já em 2027.
Os veículos que vão cruzar os céus são os chamados eVTOLs. Pense neles como uma mistura inteligente: são aeronaves elétricas que decolam e pousam na vertical, como um helicóptero, mas que voam com a agilidade de um avião. Eles podem atingir velocidades impressionantes de até 320 km/h! E o melhor? São super silenciosos e não emitem poluentes durante o voo, o que é uma baita notícia para o meio ambiente e para a paz dos nossos ouvidos. Cada um desses “carros voadores” vai levar cinco pessoas, incluindo o piloto.
A ANA e a Joby não estão de brincadeira; elas planejam montar uma empresa só para gerenciar esse serviço, com a meta de ter mais de 100 aeronaves operando no Japão. No começo, o foco será em rotas estratégicas, como ligar o centro de Tóquio aos aeroportos internacionais de Narita e Haneda. Imagina só: um trajeto que hoje pode levar mais de uma hora de carro ou trem, com o táxi aéreo, cairá para uns 15 minutos! É quase como um teletransporte, né? E para quem está curioso, uma demonstração pública desses veículos está marcada para outubro, durante a Exposição Universal de Osaka.
O futuro voa alto: a visão da Eve Air Mobility
Essa onda de mobilidade aérea não é só coisa de filme, e o Brasil também está de olho no futuro. A Eve Air Mobility, que é uma subsidiária da nossa Embraer e já está listada na Bolsa de Nova York, fez um estudo global que mostra um cenário de tirar o fôlego. Eles preveem que a frota mundial de eVTOLs pode chegar a incríveis 30 mil unidades até 2045. Isso tudo para dar conta de uma estimativa de três bilhões de passageiros transportados nesse período, gerando uma receita potencial de US$ 280 bilhões.
Esse estudo da Eve é um mapa para o desenvolvimento desse mercado que está decolando, analisando tendências e oportunidades. E a própria Embraer, através da Eve, está desenvolvendo seu próprio modelo de eVTOL, com as primeiras entregas previstas também para 2027. No mesmo ano, a ideia é começar as operações comerciais. E olha que já tem gente apostando alto: a empresa já tem cerca de 3 mil unidades encomendadas! Recentemente, em junho, a Eve fechou um contrato de R$ 1,3 bilhão para vender até 50 eVTOLs. Mas, claro, antes de tudo isso virar realidade, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) precisa dar o aval, com a certificação necessária.
Seguros: um novo céu de desafios e oportunidades
Para nós, do mercado de seguros, essa inovação é um convite e tanto para repensar tudo. Não dá para usar os mesmos modelos de avaliação de risco de antes, sabe? Precisamos considerar as particularidades desses eVTOLs e os desafios de operar em cidades cheias. A natureza desses veículos, que são um misto de transporte terrestre e aéreo, é um quebra-cabeça para as apólices tradicionais. É preciso uma abordagem totalmente nova.
Entender e acompanhar de perto esses processos é fundamental para as seguradoras. Assim, a gente consegue prever riscos e possíveis falhas, por exemplo, no sistema de propulsão elétrica, que podem causar problemas no controle do tráfego aéreo urbano. É um novo mundo de possibilidades e, claro, de responsabilidades.
Proteção essencial: responsabilidade civil e danos físicos
Quando o assunto é seguro para esses “carros voadores”, os especialistas são claros: a cobertura mais importante será a de Responsabilidade Civil de Aeronaves ou Geral Comercial. Essa é a que protege as empresas contra qualquer tipo de reclamação por lesões corporais ou danos a propriedades de terceiros. Pense em passageiros, pessoas no chão ou até imóveis que possam ser atingidos em um acidente — essa cobertura é o escudo.
Mas não para por aí. Também serão essenciais os seguros contra danos físicos, para proteger as próprias aeronaves de imprevistos como incêndios, roubos e até vandalismo. E, claro, a responsabilidade do produto para os fabricantes e fornecedores é crucial. Afinal, os riscos aqui são bem diferentes de um seguro de carro comum. Estamos falando de colisões no ar, falhas mecânicas em pleno voo e até os impactos do clima. É um cenário que exige uma proteção muito mais robusta e específica.
Tecnologia e colaboração: o caminho para a inovação em seguros
Para dar conta de tudo isso, a tecnologia será nossa grande aliada. Ferramentas como a telemática, por exemplo, podem coletar dados detalhados sobre o comportamento do piloto e as condições de voo. Com essas informações, as seguradoras conseguem fazer análises de risco muito mais precisas e criar produtos realmente inovadores e sob medida.
Já existem movimentos importantes acontecendo lá fora. A parceria entre as insurtechs Skyrisks e Quotech é um ótimo exemplo. Elas estão desenvolvendo soluções para a Mobilidade Aérea Avançada (AAM), que engloba não só os táxis aéreos, mas também drones de entrega e até voos autônomos. Essas iniciativas mostram que a colaboração entre seguradoras e empresas de tecnologia é o motor para acelerar a criação de produtos especializados e que realmente atendam às necessidades desse novo mercado.
Aterrissando no futuro: o impacto no setor de seguros
A chegada dos táxis voadores, como os que a ANA planeja, vai muito além de desafogar o trânsito urbano. Ela vai redesenhar completamente o panorama do setor de seguros. A operação desses veículos exige que a gente revise nossos modelos de avaliação de risco, adicionando novas coberturas, como a responsabilidade civil de aeronaves, a proteção contra falhas tecnológicas e os danos físicos. É um pacote completo de novidades.
A integração de tecnologias como a telemática e a colaboração entre insurtechs e fabricantes são a chave para impulsionar a inovação que precisamos. Essa união permite criar produtos mais precisos, feitos sob medida para as particularidades desses veículos, garantindo segurança e confiança tanto para quem voa quanto para quem opera. Para seguradoras e corretores, o recado é claro: precisamos antecipar as tendências, desenvolver soluções especializadas e atuar de forma proativa no mercado. É hora de unir tecnologia e regulamentação, abraçando e assegurando as novas necessidades de mobilidade que estão chegando.
Fonte: Insurtalks

Astério Vieira é Diretor da Prime Valle, empresa fundada em 1996 e referência nacional em gerenciamento de riscos, seguros e logística. Com mais de 25 anos de experiência no setor, atua com foco em soluções para transporte, frota, danos ambientais e seguros aeronáuticos, oferecendo confiança e tranquilidade a pessoas físicas e jurídicas em todo o Brasil.