Você sabia que o seguro de vida pode ser um aliado importante para quem enfrenta o câncer? Neste artigo, vamos explorar como essa proteção financeira pode fazer a diferença em momentos desafiadores.

O Câncer e o Impacto Financeiro: O Caso de Afonso Roitman

A vida nos prega peças, e um diagnóstico de câncer é uma das mais duras. Imagine a situação de Afonso Roitman, personagem da novela “Vale Tudo” (TV Globo), interpretado por Humberto Carrão. Ele foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer que atinge a medula óssea. Além do baque emocional e físico, uma notícia dessas traz uma avalanche de preocupações financeiras para o paciente e sua família.

Os números mostram que essa realidade é mais comum do que pensamos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que o Brasil terá mais de 700 mil novos casos de câncer por ano até 2025. E não é só isso: uma pesquisa recente, publicada no BMJ Oncology, revelou que a incidência de câncer em pessoas com menos de 50 anos cresceu impressionantes 79% globalmente entre 1990 e 2019. Diante desse cenário, pensar em proteção financeira se torna crucial.

Por Que o Seguro de Vida é Essencial Antes do Diagnóstico

Quando falamos em proteção, a prevenção é sempre a melhor estratégia. Especialistas são unânimes: um seguro de doenças graves seria um suporte e tanto para alguém como Afonso Roitman, mas a regra de ouro é clara — a contratação precisa ser feita antes de qualquer diagnóstico positivo. Uma vez que a doença é confirmada, a pessoa perde a elegibilidade para esse tipo de cobertura, ficando sem as proteções que poderiam fazer toda a diferença.

Rafael Cló, CEO da Azos, sugere que as pessoas reservem entre 2,5% e 5% de seus recursos para garantir uma boa proteção financeira, abrangendo tanto a saúde quanto o patrimônio. Para quem, como Afonso, tem uma vida em construção, com família e filhos a caminho, um planejamento sucessório e a proteção da renda são fundamentais, como destaca Luiz Carlos Marques, superintendente comercial da MAG Seguros.

Seguro para Doenças Graves: Uma Proteção em Vida

Diferente do seguro de vida tradicional, que geralmente indeniza em caso de falecimento, o seguro para doenças graves oferece um suporte financeiro direto ao segurado ainda em vida. Esse pagamento acontece logo após o diagnóstico de condições sérias, como câncer, infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral). O valor da indenização varia conforme a apólice e pode ser usado para cobrir tratamentos, despesas médicas que o plano de saúde não cobre, ou até mesmo para compensar a perda de renda durante o período de recuperação.

Um ponto crucial é que essa cobertura para câncer abrange todas as suas fases — seja leve, moderada ou grave. Isso significa que o apoio financeiro chega assim que o diagnóstico é confirmado, sem a necessidade de esperar a evolução da doença para ter acesso ao benefício.

Escolhendo o Seguro Ideal: O Que Observar

Na hora de escolher um seguro para doenças graves, é fundamental analisar a abrangência da cobertura e o valor da apólice. Esse valor precisa estar em sintonia com o que você pode pagar. Rafael Cló, da Azos, ressalta a importância de considerar o histórico de doenças na família. Conhecer esses riscos é um passo essencial para contratar a proteção certa antes que qualquer diagnóstico apareça.

Se você tem pessoas que dependem da sua renda — filhos, pais ou até amigos —, o seguro de vida se torna indispensável para protegê-los. Se não há dependentes, o foco pode ser um seguro em vida, que protege diretamente o próprio segurado, dando a ele a liberdade de usar o recurso como melhor lhe convier.

Cobertura de Diária de Internação Hospitalar: Um Alívio Extra

Além do seguro para doenças graves, é muito válido considerar planos que incluam a cobertura de diária de internação hospitalar. Essa modalidade paga um valor fixo por cada dia que o paciente passa internado. É um suporte financeiro direto que ajuda a cobrir os gastos com hospitalização, aliviando ainda mais a pressão financeira em um momento já tão delicado.

Após o Diagnóstico: Prazos e Procedimentos

Para acionar o seguro de doenças graves, é preciso apresentar a documentação médica que comprove o diagnóstico. Mas atenção: a contratação desse tipo de seguro envolve um período de carência, que geralmente é de aproximadamente dois meses. Diagnósticos muito próximos da contratação podem ser vistos com cautela pelas seguradoras, para evitar fraudes, e por isso, casos diagnosticados dentro desse prazo de carência não são indenizados, seguindo as regras do mercado.

No entanto, após o término desse período de carência, o processo costuma ser bem ágil. O pagamento da indenização é feito, em média, em 5 a 6 dias úteis, depois que todos os documentos necessários são entregues. É um alívio rápido em um momento de grande necessidade.

O Poder da Escolha: Como a Indenização Pode Ser Usada

O dinheiro da indenização do seguro para doenças graves oferece uma liberdade valiosa. Rafael Cló, da Azos, explica que alguns segurados usam o valor para se afastar do trabalho e focar totalmente na recuperação. Outros preferem custear consultas e procedimentos com especialistas renomados, inclusive fora do país. Há também quem aproveite o benefício para fazer viagens durante o período de recuperação. Como ele mesmo diz: “O seguro tem o poder de dar ao indivíduo o papel de protagonista do próprio enredo financeiro. O dinheiro é seu pra você fazer com ele o que você quiser”.

Os dados da Azos reforçam a relevância dessa proteção: 90,3% dos sinistros de doenças graves indenizados nos últimos cinco anos foram motivados por casos de câncer. Entre os indenizados, 56% são homens e 44% são mulheres, com a maior parte na faixa etária de 25 a 44 anos. É interessante notar que, entre janeiro e agosto de 2025, o número de apólices contratadas por jovens na empresa cresceu 50% em comparação com o mesmo período de 2024, mostrando uma crescente conscientização financeira. Hoje, esse grupo representa quase 32% das coberturas em vida da companhia.

Se você tem dúvidas sobre o tema, pode enviar sua pergunta para leitor.seguros@infomoney.com.br e um especialista buscará a resposta para você!

Fonte: InfoMoney