O envelhecimento da população está transformando o setor de seguros. Com um aumento significativo de pessoas acima de 60 anos, as seguradoras precisam se adaptar a essa nova realidade. Vamos explorar como isso está acontecendo!

Como o envelhecimento da população impacta o setor de seguros

O envelhecimento da população está transformando o setor de seguros. Com um aumento significativo de pessoas acima de 60 anos, as seguradoras precisam se adaptar a essa nova realidade. Vamos explorar como isso está acontecendo!

Crescimento do público 50+ no mercado de seguros

O Brasil está ficando mais velho, e isso é um fato que a economia sente de perto. O IBGE projeta que, até o ano de 2060, impressionantes 25% da nossa população terá 60 anos ou mais. Esse cenário traz desafios, como um possível déficit maior na Previdência Social e uma redução na força de trabalho ativa. No entanto, para o mercado de seguros, essa mudança demográfica também abre portas.

A Wiz Co (B3: WIZC3), uma corretora de seguros bem conhecida, percebeu essa tendência de perto. Eles notaram um aumento de aproximadamente 10% ao ano no consumo de produtos de seguros voltados para pessoas com mais de 50 anos, especialmente no período pós-pandemia. Isso mostra que o público sênior está buscando mais proteção e soluções que se encaixem em suas necessidades específicas.

Impactos da longevidade na previdência e no trabalho

Marcus Vinícius de Oliveira, CEO do grupo Wiz Co, destaca que a longevidade traz impactos importantes. Um dos principais é a pressão sobre a previdência, já que o número de aposentados cresce. Além disso, a permanência de profissionais com mais de 50 anos no mercado de trabalho ativo se torna uma realidade. As empresas precisarão se ajustar a essa mistura de gerações, o que pode levar a um aumento nos custos com saúde.

Ele também ressalta a necessidade de políticas eficazes para combater o etarismo, ou seja, o preconceito contra a idade, garantindo que a força de trabalho mais experiente seja valorizada e integrada. Cerca de 75% dos negócios da Wiz Co, por exemplo, vêm de seguros de vida e produtos relacionados, o que sublinha a relevância desse segmento.

Novas modalidades de seguros para a terceira idade

Diante desse cenário, o setor de seguros está se reinventando. As seguradoras estão lançando produtos pensados exclusivamente para a terceira idade, buscando oferecer coberturas mais adequadas e facilitar a vida dos segurados. A Wiz Co, por meio de sua unidade BRB Seguros, lançou no ano passado o Crédito Protegido Sênior.

Este seguro de vida é inovador e foi criado para pessoas acima de 70 anos. Ele permite a contratação até os 81 anos, com a vigência do seguro se estendendo até os 86 anos. Marcus Vinícius explica que essa solução oferece proteção a um grupo que antes tinha pouco acesso a esse tipo de cobertura, ao mesmo tempo em que gera novas oportunidades de negócio.

Além disso, muitas companhias estão adicionando benefícios extras às apólices de seguros de vida, como a telemedicina, para atrair e fidelizar esse público, mostrando que o cuidado em vida é um diferencial valorizado.

O papel da tecnologia no setor de seguros

A tecnologia, especialmente o uso de dados e Inteligência Artificial (IA), é vista como fundamental para o futuro do setor. Marcus Vinícius enfatiza que toda a indústria de seguros e assistência deve ter um olhar especial para essas ferramentas. Com o apoio regulatório e a flexibilidade nos produtos, a tecnologia pode ajudar a criar soluções ainda mais personalizadas e eficientes para a população que envelhece.

Desafios e oportunidades para seguradoras

Apesar dos desafios, o envelhecimento da população também traz muitas oportunidades. O especialista aponta para um aumento na oferta de empregos ligados à saúde e qualidade de vida, o surgimento de novos produtos que atendam a um perfil de consumo diferente, e investimentos em saúde mental. Há também espaço para produtos focados em cultura, lazer e cursos de aperfeiçoamento, além de uma atenção especial à segurança, mobilidade e infraestrutura.

No segmento de seguridade, os seguros de vida, saúde e previdência são os que mais precisam de criatividade. É essencial desenvolver coberturas que ofereçam “fidelização em vida”, ou seja, benefícios que o segurado possa usufruir enquanto vive, aumentando a percepção de valor desses novos grupos de clientes.

Fonte: Sonho Seguro