Darwin levanta R$ 100 milhões para expandir seguros e tecnologia

Darwin levanta R$ 100 milhões para expandir seguros e tecnologia

A insurtech Darwin acaba de levantar R$ 100 milhões para expandir seu portfólio de seguros e investir em tecnologia. Quer saber mais sobre essa novidade? Continue lendo!

Darwin: R$ 102 Milhões para Inovar no Mercado de Seguros

A Darwin, uma insurtech que começou focada em seguro automotivo, acaba de anunciar uma captação significativa de R$ 102 milhões. Esse investimento robusto visa impulsionar a expansão do seu portfólio de produtos, fortalecer o uso de inteligência artificial e acelerar o crescimento da empresa no mercado.

Captação Estratégica e Crescimento Acelerado

A rodada de investimento foi liderada pela Vintage Investimentos, do experiente José Ricardo de Paulo, e contou com a participação de nomes importantes como IRB e o fundo de impacto Eqwow. Investidores que já apoiavam a Darwin, como a Invisto e Álvaro “Guti” Vidigal, também reforçaram sua aposta na empresa.

Essa captação acontece três anos após a última rodada, em setembro de 2022, quando a startup levantou R$ 43 milhões. Naquela época, a Darwin ainda estava em fase pré-operacional, atuando sob a licença experimental do ‘sandbox regulatório’ da Susep. Desde então, a empresa obteve sua licença definitiva e demonstrou um crescimento impressionante: saiu de uma receita de R$ 7 milhões em 2023 para R$ 41 milhões em 2024. Para este ano, a expectativa é superar R$ 150 milhões, com a ambiciosa meta de alcançar R$ 1 bilhão em 2028.

Inteligência Artificial no Coração da Precificação

O grande diferencial da Darwin no mercado de seguros é seu modelo de precificação inovador, que utiliza dados detalhados sobre a qualidade da direção dos motoristas. Através de um aplicativo que roda em segundo plano no celular do cliente, a insurtech coleta informações como aceleração em curvas, frenagem, localização e até o uso do celular no trânsito. Essa análise permite premiar motoristas cautelosos com preços mais baixos e ajustar o valor para aqueles com hábitos de direção menos seguros.

Expansão do Portfólio e Novos Horizontes Financeiros

Inicialmente, a Darwin operava com um seguro mensal, cujo valor era reajustado a cada mês com base no comportamento do motorista. Após obter sua licença definitiva, a empresa lançou também um seguro anual, no modelo tradicional de bônus, que hoje já representa a maior parte de sua receita.

Com os novos recursos, a Darwin planeja ir além do seguro auto. Nos próximos seis meses, a empresa pretende lançar seguros de vida e residencial, produtos que, segundo Firmino Freitas, cofundador da Darwin, têm grande sinergia com a jornada do automóvel. “O líder de mercado tem uma assistência residencial, e esse é um negócio que o cliente vê muito valor”, afirmou Freitas. A telemetria, que já coleta dados de onde a pessoa mora e dorme, permitirá criar produtos ainda mais personalizados.

Além dos novos seguros, a Darwin também entrará no segmento de produtos financeiros, começando com um empréstimo com garantia em veículo, desenvolvido em parceria com o Banco BV. Carlos Barros, outro cofundador, destaca a oportunidade de mercado: “A Porto está nadando sozinha nesse mercado de produtos financeiros, mas só oferece para clientes que já têm seguro com ela, cerca de 30% do mercado. Tem 70% do mercado que não tem essa oferta hoje.” A Darwin pretende preencher essa lacuna, oferecendo esses produtos através de sua rede de corretores parceiros.

A Força da Parceria com Corretores

Diferente de muitas insurtechs que apostam no canal digital direto, a Darwin optou por uma estratégia de distribuição focada nos corretores. Atualmente, a startup conta com 12 mil corretores cadastrados. Carlos Barros explica a eficiência dessa abordagem: “O corretor é muito mais eficiente por dois motivos: você só paga se ele vender, então evita ficar queimando uma fortuna de CAC como vimos várias insurtechs fazerem, e ele funciona como uma primeira peneira de risco.” Estudos, segundo Barros, mostram que seguros originados por corretores tendem a ter um risco menor do que os do canal digital.

A entrada em novos segmentos de seguros exige capital regulatório. Parte dos R$ 102 milhões será destinada a esse fim, e a Darwin também planeja ceder parte do risco ao IRB, otimizando sua demanda de capital.

Fonte: Brazil Journal