Você já se perguntou se o seguro residencial realmente vale a pena? Neste artigo, vamos desvendar mitos e verdades sobre essa proteção essencial para o seu lar!

Seguro residencial é caro?

Muitas pessoas pensam que ter um seguro para a casa é um luxo, mas isso é um grande mito! Na verdade, o custo de um seguro residencial pode ser bem acessível e se ajusta ao que você precisa. O valor final depende do quanto você quer segurar e das coberturas que escolher.

A Camila Beck, gerente de novos negócios da seguradora Simple2u, explica que o modelo “sob demanda” permite personalizar o seguro. Assim, você só paga pelo que realmente usa. Algumas seguradoras, por exemplo, oferecem planos por menos de R$ 20 por mês. A Simple2u, em uma simulação, mostrou um valor mínimo de R$ 17,99 mensais. Esse plano básico já inclui proteção de até R$ 100 mil, além de cobrir danos elétricos, roubo ou furto qualificado, perda de aluguel e quebra de vidros, espelhos, mármores e granitos.

Jarbas Medeiros, presidente de riscos patrimoniais da FenSeg, compara o custo a “menos do que o custo de um café por dia”. É importante lembrar que o preço da apólice varia conforme a localização, o valor do imóvel e o histórico de riscos da região. Apartamentos, por exemplo, geralmente têm um seguro um pouco mais barato que casas, por terem menor exposição a certos riscos como roubo.

Cobertura contra incêndios e roubos

É verdade que o seguro residencial oferece uma proteção ampla, mas é crucial entender o que vem no pacote básico e o que é extra. A cobertura essencial, que é obrigatória, sempre inclui proteção contra incêndios, queda de raio e explosões. No entanto, para ter uma proteção mais completa, você precisa adicionar outras coberturas.

Ao contratar, você deve escolher pelo menos uma cobertura adicional. Entre as opções mais comuns estão: alagamento/inundação, danos elétricos, danos por água, vazamentos, desmoronamento, quebra de vidros e roubo de bens. É essa flexibilidade que permite montar um seguro que realmente atenda às suas necessidades específicas.

Rapidez na indenização

A ideia de que o seguro demora para pagar a indenização é outro mito que precisa ser desfeito. Hoje em dia, muitas seguradoras têm processos bem rápidos, especialmente se toda a documentação estiver em ordem. Para receber o valor, é fundamental apresentar todos os documentos que a seguradora pedir, como boletins de ocorrência, orçamentos de reparos, fotos dos danos e outros comprovantes.

Com tudo certinho, o pagamento da indenização pode acontecer em até 10 dias corridos em algumas empresas. Por isso, manter seus documentos organizados é uma ótima dica para agilizar tudo. A Camila Beck, da Simple2u, reforça que “com todos os processos digitais que utilizamos hoje em dia, o atendimento se torna muito rápido e dinâmico. Por isso, o mito de que os pagamentos são lentos não procede. Está cada vez mais ágil, e nosso foco é resolver com rapidez e manter um atendimento humanizado.”

Inquilinos podem contratar?

Sim, é uma verdade que tanto proprietários quanto inquilinos podem contratar um seguro residencial! Existem apólices específicas para cada perfil, garantindo que a proteção seja adequada. O proprietário geralmente busca proteger a estrutura do imóvel, enquanto o inquilino foca em seus bens pessoais.

A Camila Beck, da Simple2u, explica que é possível contratar seguro até para imóveis alugados por temporada, como os do Airbnb, ou mesmo para a casa de um familiar onde você esteja morando temporariamente. Além disso, o seguro pode incluir a cobertura de responsabilidade civil do morador, que é super útil para situações como vazamentos que afetam vizinhos ou acidentes com animais de estimação que causem danos a terceiros.

Cobertura para enchentes é automática?

Aqui está um ponto crucial e que muitas vezes gera confusão: a cobertura para enchentes não é automática na maioria dos seguros residenciais básicos. Isso é um mito! Para ter essa proteção, você precisa contratar uma cobertura adicional específica para enchentes.

É importante saber que “alagamento”, “inundação” e “enchente” são termos que podem ter significados diferentes para as seguradoras, e cada um pode ter coberturas distintas. Por isso, sempre revise sua apólice com atenção para entender exatamente quais riscos estão cobertos e quais exigem um extra. A Susep, inclusive, abriu uma consulta pública até 29 de setembro para discutir formas de aumentar a inclusão dessa proteção no seguro residencial, mostrando a relevância do tema.

A importância do seguro mesmo sem problemas

Achar que não precisa de seguro porque nunca teve problemas é um mito perigoso. Embora a gente torça para que nada de ruim aconteça, a proteção que o seguro oferece é cada vez mais vital diante dos riscos e imprevistos que vivemos hoje. Entre 2000 e 2024, por exemplo, desastres naturais relacionados à água causaram mais de R$ 600 bilhões em prejuízos no Brasil, com R$ 57 bilhões em danos a moradias, deixando mais de 9 milhões de pessoas desabrigadas ou desalojadas.

Além de cobrir grandes perdas, o seguro residencial pode incluir assistências que facilitam muito o dia a dia. Pense em serviços como chaveiro, eletricista, encanador, e até reparos em eletrodomésticos e problemas hidráulicos. Essas assistências podem salvar você de dores de cabeça e gastos inesperados, transformando o seguro em um investimento em tranquilidade.

Dicas para escolher seu seguro

Com tantos mitos e verdades, escolher o seguro residencial ideal pode parecer complicado, mas não é. O segredo é entender suas necessidades e ler bem o contrato. Primeiro, avalie o valor do seu imóvel e dos seus bens para definir o valor segurado. Depois, pense nos riscos mais comuns na sua região – você mora em área de alagamento? Tem histórico de roubos? Isso vai te ajudar a escolher as coberturas adicionais.

Não se esqueça de verificar as assistências que o seguro oferece, como chaveiro ou eletricista, que podem ser muito úteis. E, claro, compare as opções de diferentes seguradoras. Lembre-se que um bom seguro não é um gasto, mas um investimento na sua paz de espírito e na proteção do seu lar. Se tiver dúvidas, não hesite em perguntar à seguradora ou a um corretor. Você pode enviar suas perguntas para leitor.seguros@infomoney.com.br para obter ajuda de especialistas.

Fonte: InfoMoney