
No segundo trimestre de 2025, a Porto Seguro surpreendeu com um lucro líquido de R$ 878 milhões, um crescimento de 50% em relação ao ano anterior. Vamos explorar os detalhes desse desempenho impressionante!
Porto Seguro: Um Salto de 50% no Lucro Líquido do 2º Trimestre de 2025
A Porto (PSSA3) demonstrou um desempenho financeiro impressionante no segundo trimestre de 2025. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 878 milhões, o que representa um crescimento notável de 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado positivo no balanço foi impulsionado tanto pelos ganhos financeiros quanto pela performance operacional da empresa, com a maioria das suas verticais de negócio apresentando crescimento de lucro. A receita líquida consolidada do grupo alcançou a marca de R$ 10 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano passado.
Análise Detalhada das Verticais de Negócio da Porto
A vertical Porto Seguro, que é o carro-chefe da empresa, viu seu faturamento subir 5%, totalizando R$ 5,4 bilhões. Dentro dessa área, o segmento de Vida se destacou com o maior avanço percentual, registrando um crescimento de 17% ano a ano. O segmento Patrimonial também contribuiu positivamente, com uma alta de 6%.
O Cenário do Seguro Auto e a Sinistralidade
No segmento de Seguro Auto, o mais expressivo dentro da vertical Porto Seguro, o crescimento foi mais contido, com os prêmios aumentando 3% e atingindo R$ 3,9 bilhões. A frota segurada também expandiu, com a adição de 165 mil veículos, totalizando 6,2 milhões de unidades. Paulo Kakinoff, CEO da Porto, reforçou a prioridade da empresa em manter a rentabilidade dessa carteira, mesmo diante de um mercado competitivo. Ele destacou que a agressividade não faz parte da estratégia da companhia. Um ponto favorável foi a redução da sinistralidade do seguro Auto, que recuou 0,5 ponto percentual no trimestre, fechando em 58,5%. Essa melhora é significativa, especialmente considerando os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul no balanço do ano anterior.
Expansão em Saúde e Odontologia
A vertical Porto Saúde apresentou uma expansão robusta. O número de beneficiários cresceu 24%, chegando a 751 mil pessoas. No setor de seguro odontológico, a Porto superou a marca de 1 milhão de vidas cobertas. A receita dessa vertical alcançou R$ 2 bilhões, um crescimento anual de 27%.
A Força do Porto Bank e Outros Serviços
O Porto Bank, o braço financeiro da companhia, também contribuiu para os bons resultados. Houve um crescimento de 29% em cartões e empréstimos, e um avanço de 28% nos consórcios. O faturamento dessa frente de negócio aumentou 30%, atingindo R$ 1,8 bilhão. Em contrapartida, a vertical Porto Serviço registrou uma leve queda de 2% na receita em relação ao ano anterior, fechando em R$ 624 milhões, o que foi atribuído à menor sinistralidade do período. Apesar dessa variação, a Porto enfatizou que todas as quatro verticais de negócio mantiveram uma rentabilidade sobre o patrimônio (ROAE) acima de 21%, com o índice consolidado da empresa em 24,6%.
O Impacto do Resultado Financeiro
O resultado financeiro da Porto no segundo trimestre de 2025 mais que dobrou em comparação com o ano anterior, crescendo 121% e alcançando R$ 376 milhões. A receita da carteira de aplicações financeiras, gerenciada pela tesouraria, foi de R$ 431 milhões, com uma rentabilidade de 86,4% do CDI. A empresa destacou o bom desempenho dos títulos indexados à inflação e um impacto positivo da renda variável. Celso Damadi, CFO da Porto, esclareceu que, apesar da contribuição da renda variável, a exposição a ações na carteira permanece baixa, em apenas 3%, e que a melhora na performance do Ibovespa foi o principal fator.
Revisão das Projeções (Guidance) para 2025
Após a divulgação dos resultados do trimestre, a Porto ajustou quatro pontos de suas projeções para 2025. O guidance para o crescimento da receita no segmento de banking foi revisado para um intervalo entre 20% e 28%, uma elevação em relação à previsão anterior de 14% a 22%. As perdas de crédito esperadas também sofreram uma pequena alteração, passando para a faixa de R$ 2 bilhões a R$ 2,3 bilhões, antes prevista entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2,3 bilhões. O índice de eficiência da vertical foi ajustado para o intervalo de 32% a 34%, antes em 32,5% a 34%. Houve também uma redução nas expectativas de sinistralidade no segmento de saúde, agora projetada entre 73% e 78%, contra a previsão anterior de 75% a 80%. No segundo trimestre, a sinistralidade em saúde recuou 2,1 pontos percentuais, para 77,3%. Por fim, a taxa efetiva de imposto de renda foi reduzida para o intervalo de 28% a 32%, antes entre 30% e 34%.
Fonte: Exame

Astério Vieira é Diretor da Prime Valle, empresa fundada em 1996 e referência nacional em gerenciamento de riscos, seguros e logística. Com mais de 25 anos de experiência no setor, atua com foco em soluções para transporte, frota, danos ambientais e seguros aeronáuticos, oferecendo confiança e tranquilidade a pessoas físicas e jurídicas em todo o Brasil.